16/03/2010

MOVIMENTAÇÕES MILITARES DURANTE A REVOLUÇÃO

No dia 24 de Abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva instalou secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa.
Ás 22h 55m é transmitida a canção "E depois do Adeus",de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa, emitida por Luís Filipe Costa. Este foi um dos sinais previamente combinados pelos golpistas, que desencadeou a tomada de posições da primeira fase do golpe de estado.
O segundo sinal foi dado ás 0h20 m, quando foi transmitida a canção "Grândola Vila Morena", de José Afonso, pelo programa Limite, da Radio Renascença, que confirmava o golpe e marcava o início das operações. O locutor de serviço nessa emissão foi Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano.
O golpe militar do 25 de Abril teve a colaboração de vários regimentos militares que desenvolveram uma acção concertada.
No Norte, uma força do CICA 1 liderada pelo Tenente-Coronel Carlos de Azeredo toma o Quartel General da Região Militar do Porto. Estas forças são reforçadas por forças vindas de Lamego. Forças do BC9 de Viana do Castelo tomam o Aeroporto de Pedras Rubras. Forças do CIOE tomam a RTP e RCP no Porto. O regime reagiu, e o ministro da Defesa ordenou a forças sediadas em Braga para avançarem sobre o Porto, no que não foi obedecido, já que estas já tinham aderido ao golpe.
Á Escola Prática de Cavalaria, que partiu de Santarém, coube o papel mais importante: a ocupação do Terreiro do Paço. As forças da Escola Prática da Cavalaria eram comandadas pelo então Capitão Salgueiro Maia. O Terreiro do Paço foi ocupado ás primeiras horas da manhã. Salgueiro Maia, moveu,mais tarde, parte das suas forças para o Quartel do Carmo onde se encontrava o chefe do governo, Marcelo Caetano, que ao final do dia se rendeu, fazendo, contudo, a exigência de entregar o poder ao General António de Spínola, que não fazia parte do MFA, para que o "poder não caísse na rua". Marcelo Caetano partiu, depois, para a Madeira, rumo ao exílio no Brasil. A revolução resultou na morte de 4 pessoas, quando elementos da policia política (PID) dispararam sobre um grupo que se manifestava á porta das suas instalações na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa.




2 comentários:

J Araújo disse...

Antonio, obrigado pela passagem em meu blog.

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Abraço

Ambrósio Lopes Vaz disse...

A revolução dos Cravos foi um dia feliz para o povo.Aquele dia era esperado á muito. Muitos perderam a vida a lutar por aquele dia maravilhoso.
Agora estamos desiludidos. Os políticos que tomaram conta do país, levaram Portugal para a desgraça. Portugal nunca teve tantos oportunistas, ladrões, vigaristas e corruptos. Enchem os bolsos com o dinheiro do povo. Temos de trabalhar para manter essa corja. O Vinte e cinco de Abril que foi feito para o povo,tornou-se um maná para os políticos.Um abraço para o Costa
Ambrósio Lopes Vaz