23/03/2010

A GUERRA COLONIAL

Portugal mantinha laços fortes e duradouros com as suas colónias africanas, quer como mercado para os produtos manufaturados portugueses que como produtos de matérias primas para a industria portuguesa. Muitos portugueses viam a existência de um império colonial como necessária para o país ter poder e influência contínuos. Mas o peso da guerra, o contexto político e os interesses estratégicos de certas potência estrangeiras inviabilizariam essa ideia



Apesar das constantes objecções em fóruns nacionais, como a OMU, Portugal mantinha as colónias, dizendo considerá-las parte integral de Portugal e defendendo-as militarmente. O problema surge com a ocupação unilateral e forçada dos enclaves portugueses de Goa, Damão, e Diu, em 1961.


Em quase todas as colónias portuguesas africanas- Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde- surgiam entretanto movimentos, independistas, que acabariam por se manifestar sob a forma de guerrilhas armadas. Estas guerrilhas não foram facilmente contidas, conseguido controlar uma parte importante do território, apesar da presença de um grande número de tropas portuguesas que, mais tarde, seriam em parte significativa recrutadas nas próprias colónias.

Os vários conflitos forçavam Salazar e o seu sucessor Caetano a gastar uma grande parte do orçamento de Estado na administração colonial e nas despesas militares.

A administração das colónias custava a Portugal um pesado aumento percentual anual no seu orçamento tal contribuiu para o empobrecimento da economia portuguesa: o dinheiro era desviado de investimentos infraestruturais na metrópole. Até 1960 o país continuou relativamente frágil em terrenos económicos, o que aumentou a emigração para países em rápido crescimento e de escassa não- de -obra da Europa Ocidental, Como França ou Alemanha. O processo iniciava-se no fim da segunda Guerra Mundial.

9 comentários:

anita sereno disse...

obrigada vejo que te preocupas com tudo que acontece no passado"" que ainda persiste e continua obrigada por me seguires beijinhos de luz é bom saber que te preocupas com essas crianças desaparecidas nossa nem quero falar disso assusta aprece beijos amei o teu gesto

Unknown disse...

Caro António José

Como já foste ao meu blogue [e até te inscreveste como meu (per)seguidor] escrevi um livro de contos sobre a guerra colonial em Angola (66/68) em que infelizmente participei como oficial miliciano.

Por isso, gosto destes temas, para que com eles se lembrem as gerações do que foi essa estúpida guerra. São todas, de resto.

Fico à espera dos teus cumentários, com o, lá no Travessa. Obrigado

Abs

André Charak disse...

A exploração passa pelo constante desequilibrio e distorção da realidade de uns em prol da satisfação material de outros. Isso não tem fim, começou com os grandes imperios da antiguidade, passou pela era dos descobrimentos e se estendeu pela política imperialista do sec XIX. Só acaba com o fim da raça! Obrigado pela visita ao blog e parabéns pelo espaço, Antonio!

Serrano disse...

Animo, la memoria es muy importante para todo los pueblos, recordar el pasado no ayuda a no cometer los mismos errores, es bueno saber.
Saludos desde Sevilla.

Osvaldo disse...

Caro António;

Guerra Colonial, Ultramarina, das Provincias... Tudo poderia ser evitado e muitas vidas salvas se a politica fosse construtiva. Se os homens vissem a realidade em face e os politicos soubessem gerir um Império sem olhar a proveitos próprios possivelmente os povos (do Continente e do Ultramar) tivessem sofrido menos, tanto antes como depois da independência.

Um abraço amigo António e obrigado por nos oferecer um tão bom blog.

Osvaldo

Graça Pereira disse...

Olá
Nasci em Moçambique. Tive uma irmão e marido em zona de guerra a 100%.
Há muita coisa que não vale a pena falar apenas recordar o que foi bom e eu, não tenho dúvidas: nasci e vivi 33 anos no PARAÍSO!!
Beijocas
Graça

d.b disse...

Hola.
Te pongo un link de tu blog en "La polla en verso".
Eu te sigo.
Obrigado.
Saludos.
d.b
www.lapollaenverso.blogspot.com

calgal disse...

nice pictures of you from 1949-2009. big salute and have a great weekend.

César Ramos disse...

Caro António José,

Tenho tido uma vida pessoal muito atribulada (doença da m/ mãe) que muito me tem afectado. Tenho-a (muito bem entregue) aos cuidados das urgências do Hospital Militar da Estrela.

Assim, ainda não tinha tido o ensejo de lhe agradecer a amabilidade de se ter prestado a honrar-me com a sua pessoa, como "seguidor" dos blogues.

Conheci bem a Guiné, pois fui lá Piloto Aviador de Helicóptero. Apesar de noutros tempos não ser fácil entabular grandes relações, ainda assim, consegui-o e tenho dos melhores episódios como recordação.

Fui militar e, de parte a parte, de um lado e do outro, cumprimos todos o nosso papel!

Não gosto que se chova sobre o leite derramado como li hoje aqui um comentário. Infelizmente houve guerra, mas não vou dizer que, infelizmente fui oficial da Força Aérea!

Não foi infeliz, nem felizmente!

Foi a vida! Como tudo o que tem acontecido pós independência!

Poucos lamentarão como eu lamento a falta de entendimento que tem atrasado a vida ao povo guineense!

É um povo maravilhoso que não merece tanta confusão! Há condições naturais para se ser feliz, e acredito que um dia a Guiné vai encontrar o equilíbrio que se impõe!

Apresento-lhe os meus respeitos com toda a frontalidade, e um abraço fraterno.

César Ramos

Nota:
Aproveito para lhe dar os parabéns pelo seu excelente Blog!